O tratamento da Obesidade de forma saudável e definitiva, é um dos objetivos principais da Medicina Preventiva e Regenerativa, porque a obesidade exerce impacto significativo na saúde e qualidade de vida, e tem enorme prevalência na população brasileira e mundial.
A obesidade é considerada hoje o maior problema de saúde pública no mundo, porque suas comorbidades representam as mais frequentes causas de morte, como doenças cardiovasculares, acidentes vasculares cerebrais, alguns tipos de câncer e diabetes. Adicionalmente aos riscos à saúde, o obeso defronta-se com problemas sociais, emocionais e sofre enorme perda de sua qualidade de vida. Portanto, recomenda-se o controle mais cedo possível do ganho de peso.
Porém, o principal problema não é a perda de peso, mas sim a manutenção da perda de peso, através da incorporação de hábitos saudáveis. Os principais vilões são a alimentação, o sedentarismo e a ansiedade, estresse e a depressão. O tratamento adequado e sustentável deve interferir no estilo de vida, contemplar o equilíbrio de todas as vias hormonais e utilizar recursos medicamentosos que não produzam “dependência” nem “efeito rebote” e reganho de peso. Ou seja, o tratamento deve ser realizado de tal forma que o paciente consiga manter o equilíbrio de sua composição corporal sem medicamentos, após atingir as metas pré-estabelecidas.
O equilíbrio hormonal é outro fator de vital importância, pois são os hormônios os maestros da orquestra biológica. Os hormônios do estresse, tireóide, testosterona, estrogênio, insulina, glucagon etc, podem interferir na composição da massa de gordura e muscular. O equilíbrio entre eles é fundamental para o equilíbrio da massa de gordura e muscular.
A manutenção da composição corporal ideal, não depende apenas da lógica aritmética das calorias consumidas e do gasto calórico correspondente em exercícios, mas também dos fatores hormonais e metabólicos específicos, que variam entre os indivíduos. Outro fator fundamental é a combinação entre os macro-nutrientes de uma mesma refeição, pois duas refeições com exatamente a mesma quantidade de calorias podem sinalizar ao organismo diferentes respostas metabólicas e hormonais, com efeitos predominantemente lipolítico (queimador de gordura) ou lipogênico (formador de gordura).
